Primeiro Terço - Dia 3

Uma bela vista na entrada do vilarejo

Uma bela vista na entrada do vilarejo

Ontem, eu jantei em uma mesa junto com outros 4 falantes da língua francesa, e foi um jantar proveitoso! Eles passaram a maior parte do tempo falando Francês, uma vez que não havia motivo de mudar o idioma por minha causa, ainda mais que a maioria deles não falam inglês.

Mas, foi um jantar muito bom; Comida deliciosa: Uma leve sopa de entrada, uma carne preparada com molho de tomate fresco, e um pudim de sobremesa.

Era meu plano pedir por um café após a janta, uma vez que é meu costume, mesmo sendo tarde, e tendo de acordar cedo no dia seguinte. Nunca tive problemas em dormir após um espresso, e, em muitas situações, isso acabou me fazendo até dormir melhor.

Mas, não quis ser o estranho na mesa. Ainda mais que me foi oferecido um “bonne nuit infusion”, trazido na mala por um dos peregrinos à mesa. Me pareceu uma boa ideia me juntar aos Franceses nessa ocasião.


Você pode estar se questionando porque eu estou falando do jantar de ontem no diário de hoje. Para resolver seus questionamentos: Eu decidi começar com essa descrição porque hoje foi um dia de caminhada BEM leve.

Como eu comentei no último post, o esforço para fazer a extensão da caminhada de ontem até Larrasoaña fez com que eu chegasse cedo em Pamplona, apesar de, como sempre, ter saído tarde.

Desta vez, eu comecei no que seria metade do trajeto para a maioria das pessoas. Então, eu encontrei muitas pessoas pelo caminho. MUITAS PESSOAS. Isso me deixou feliz com a ideia de sair tarde dos hotéis. Mas, ter boa parte do dia à minha frente me mostrou os prazeres de longas paradas ao longo do trajeto.


Companheiro de viagem

Companheiro de viagem

De volta à descrição do trajeto de hoje: Foi uma fácil caminhada feita, na maior parte do dia, seguindo um belo rio, sendo um gracioso prazer ouvir o fluxo do rio, e o cantos dos pássaros. Entretanto, o final do trajeto é feito inteiramente por três cidades: Trinidade de Arre, Burlada, e Pamplona. Sendo, estas, tão próximas que a fronteira entre elas é imperceptível.

Prédio da Intia, em Villava

Prédio da Intia, em Villava

Algumas horas caminhando em meio à civilização, em calçadas e ruas, com carros, ônibus e vida rotineira acontecendo a sua volta. A arquitetura e cores das cidades são belas, mas, preciso o cenário natural.

Por sinal, em Trinidade de Arre, eu vi uma garota carregando uma mala ENORME, com selfie stick, e tocando uma música no celular. Quando me aproximei, eu tive a impressão de que conhecia a música (algo que foi confirmado em alguns minutos, quando passei pela pessoa). Skank! Algo que bateu na nostalgia. Ao reparar mais na mochila, pude ver a bandeira do Brasil, e a bandeira da cidade de Tiradentes.


Entrada de Pamplona

Entrada de Pamplona

Logo na entrada de Pamplona eu decidi ficar um dia mais na cidade. Afinal, é uma grande cidade, com tradição, e muitos lugares para ver. Dois dos maiores eventos da cidade são Carnaval, e corrida dos touros; Não sou fã do primeiro, e sou contra o segundo, então eu acredito que não terei tantos motivos para retornar à cidade.

Portanto, acredito que será legal passar mais um dia aqui, me dando tempo para, calmamente, caminhar pela cidade, e ver mais coisas. Além de mais tempo para lavar roupas, comprar selos, e, finalmente, enviar alguns postais que tenho carregado comigo já faz um tempo.

Nota do editor: Hoje, eu desinstalei uma boa quantidade de apps do meu celular, para evitar ficar abrindo eles para ver novidades, e resistir à tentação de ficar postando fotos!

Parque na entrada de Pamplona

Parque na entrada de Pamplona