27 Mar 2016
Tenha em mente que este review lhe é trazido por um grande fã da DC e Vertigo comics, especialmente de Justice League Dark, The Sandman, Watchmen, HellBlazer, Blackest Night, Green Arrow, Trinity War, The Killing Joke, Fables e outros quadrinhos que não tem medo de tocar em assuntos polêmicos, trazer imagens fortes e lançar volumes rated M.
O mesmo vale para meus quadrinhos preferidos da Marvel, como DareDevil, Blade, The Punisher, Old Man Logan, Alias, etc.
Eu poderia sair listando vários outros, de outras publishers, como The Walking Dead, Lazarus e Spawn da Image Comics. Mas, quem sabe, um dia eu escreva um post só para falar sobre isso.
TL;DR
Eu gostei do filme!
Pontos mais extremista:
- Esse filme mostrou, mais uma vez, o porque eu não uso Rotten Tomatoes como critério de decisão se devo ou não assistir um filme.
- Você que está xingando este filme e gostou de Age of Ultron: Parabéns por ser um fã irracional da Marvel.
- A forma como a DC escolheu para construir seu universo cinematográfico é BEM diferente da forma escolhida pela Marvel.
- E: Este é um filme feito para a páscoa! O que não falta é Easter Egg!
Ah, importante:
Universo
Este não é o Batman do Christopher Nolan, nem o Superman de Christopher Reeve e nem a Mulher Maravilha de Lynda Carter! Continua-se com o que começou-se em Man of Steel:
Aqui, Kalel quebra pescoços, Bruce esfaqueia pessoas no peito e a princesa Diana prefere se esconder a ter sua imagem revelada ao mundo dos homens.
A Warner deixou claro que o universo dos filmes ia ser algo novo quando anunciou que não misturaria as séries e filmes. E mais claro ainda quando mostrou o super herói mais overpower da história com a cueca para dentro do uniforme!
O universo extendido da DC foi lançado em Man of Steel, mas, esse foi o primeiro filme que deixa isso claro, através da aparição da trindade. E, assim como o primeiro filme, trás um ambiente muito mais dark.
Outra coisa que ressalta isso foi o assassinato do fotógrafo James Olsen, o fato de que Bruce Wayne já é o Batman há 20 anos e não tem receio de matar os bandidos que se colocam no caminho.
Uma das críticas que eu li do filme ressaltou que o filme não teve muitas piadas, como uma coisa ruim. É necessário entender que essa não é a ideia! Quando Barry Allen aparecer, podemos começar a pensar em piadas. Até lá, a seriedade, trauma e o peso da defesa do mundo é o que leva o universo.
Eu acredito que este é o tom ideal para a DC! E nesse ambiente que quero ver Zantana, Constantine, Hal Jordan, Black Hand, Brainiac…
Filme (Geral)
Dawn of Justice é uma continuação de Man of Steel, mostra como o mundo está se acostumando com a ideia de conviver com um alien que destruiu uma cidade inteira.
E essa idea de impotência e impunidade que leva Bruce Wayne ao projeto de destruir Clark Kent. Mas, desde o começo do filme, percebe-se que a batalha entre os heróis é apenas um round da briga contra Lex Luthor.
Em comics arcs, é uma mistura de Dark Knight Returns, The Dead of Superman, Forever Evil, Justice League #1 e Injustice.
Acredito que o roteiro e o CGI fez com que as lutas e as mortes fizessem sentido. A trama criada por Lex para questionar o papel do Superman na sociedade com o objetivo de conseguir acesso a armas e formas de eliminar o “novo deus”.
Concordo com algumas críticas ao diretor Zack Snyder, principalmente na apresentação dos meta humanos que configuram a liga da justiça e nas passagens que servem como conexão para os demais filmes do universo.
Super powered batman
“Eles estão vindo, agora que eles sabem que o Deus está morto”. Essa frase de Lex Luthor no final do filme é brochante!
Justice League #1 e Injustice foram colocados no filme através dos sonhos de Bruce Wayne. Aqui, parece que o Batman tem uma conexão entre dois mundos. E, nesse segundo mundo, Superman deixou de ser bonzinho e se aliou com Darkside para tacar o mal.
E esse Batman com poderes psíquicos ficou bem estranho e desviado do que se espera do cavaleiro. Esse arco, dentro do filme, foi algo que eu, realmente, achei bem ruim.
12 Mar 2016
Chegou o fim do primeiro inverno que passo na terra da Rainha, e acredito que já tive tempo para entrosar um pouco com a cidade! (Para vocês que imaginaram que falaria da região no nordeste da Austrália ou do parque indiano, me desculpe)
A mudança de vida para Londres não foi fácil. Ainda mais vindo para cá sozinho, sem família e amigos. Algo que foi aliviado pelos ótimos colegas de trabalho que tenho e por minha prima que já morava por aqui.
Não tive tempo de ser turista, já comecei a trabalhar (bastante) no meu segundo dia aqui, já estou trocando cartas com o governo para fazer o balanço de um ano de imposto e sou um grande exemplar de introvertidos, então não posso dar uma visão total da cidade, mas posso dar minha visão sobre esse local lindo:
Uma cidade para todos
A primeira coisa que impressiona em Londres (assim como em muitas cidades da Europa) é a mistura do antigo e do novo. Na arquitetura, arte e até mesmo na cultura.
Mas, algo que é bem claro é que Londres é uma cidade para todos. Aqui, qualquer um pode achar sua “tribo”, independente do movimento cultural ao qual pertence.
Baladas, música, arte de rua, parques, museus, bibliotecas, universidades, etc. Você consegue fazer tudo que quiser e aprender coisas novas.
O mundo está aqui
Essa cidade multicultural, claramente, se constituiu graças ao idioma, a história do país, a economia e a participação na união européia. Por que, por aqui, você ouve a todos os idiomas do mundo.
Londres é uma cidade movida por imigrantes. Isso é constantemente um motivo de debates políticos e, as vezes, xenofobia, mas é uma verdade. A maior prova são os restaurantes. Uma coisa que amo é a facilidade de se achar qualquer tipo de comida!
Pub culture
Eu adoro gastronomia e cerveja e essa é uma cidade muito boa para os dois. Especialmente para o famoso happy hour!
O país tem a cultura do pub. Um londrino toma muita cerveja! Isso é um fato. Assim, você encontra um pub em cada esquina, com ale on tap e lagger a vontade. É fácil ver o pub movimentado no café da manhã, almoço e fim de tarde. Com rodas de amigos tomando vinho, cerveja, cider, suco de tomate, ou alguma outra bebida.
Coffee shops
Não é só de cerveja que se move Londres, temos, também o café e, claro, chá! É ridículo a quantidade de chá que um britânico toma. A chaleira está sempre fervendo água, o dia todo, especialmente em escritórios.
Por isso, assim como pub, é muito fácil encontrar um coffee shop. Grandes marcas, como Costa e Nero dividem espaço com espaços menores e mais artesanais. E, não, não há tanto Starbucks quanto NY, ou até mesmo São Paulo. A marca chega a ser odiada por alguns.
Weather
Uma coisa que é um tema recorrente aqui (e levado bem a sério) é o clima! Algo que pode ser resumido em: awful!
Muitos tomam vitamina D e usam lâmpadas S.A.D. para sobreviver às chuvas constantes, tempo cinza e o inverno anoitecendo às 4 da tarde.
House
Agora, tem coisas que só se percebe quando está aqui há algum tempo, ou se pretende ficar aqui por algum tempo. O primeiro deles, e mais significativo, é o preço de moradia de Londres. Que é absurdamente caro. De verdade!
Além disso, tem algumas características da residência britância que é bem diferente da brasileira. Coisas como:
Tomada
Aquecimento
Máquina de lavar roupa na cozinha
Varal dentro de casa
Self checkout
Outra coisa que é bem diferente é mercado. Diferente de São Paulo, as compras, geralmente, são feitas em pound stores e mercados de bairro. Não nos gigantes supermercados. Locais como Sainsburg’s e Tesco.
Agora, uma coisa fenomenal é o self checkout. Todos os supermercados menores possuem terminais onde o indivíduo pode escanear os itens e pagar sem precisar de um atendente.
Self checkout + Contactless = ❤️
Junto com o self checkout, algo que ajuda muito é o contactless payment. Esse é um sistema que aplica RFC no seu cartão de débito e te permite fazer pagamentos sem precisar digitar a senha.
Assim, você pode, rapidamente, pagar por compras pequenas, metrô (underground) e ônibus. Podendo usar, inclusive, aparelhos com contactless payment (iPhone, Apple Watch, etc). Nunca mais passa pela situação de não ter crédito no bilhete único.
Public system
Uma coisa que funciona lindamente é o sistema público britânico. Pelo menos, os serviços que precisei!
Transporte público completo e pontual (só não barato); O sistema de saúde é pontual e eficiente (mas um pouco confuso); Polícia e sistema de vigilância eficiente e simpático.
Custo de vida
A cidade não é perfeita por vários motivos. Mas, um dos mais fortes é o custo de vida!
Como já mencionei antes, o custo para alugar/comprar uma residência é absurdo. Muitas pessoas dividem apartamentos, alugando um quarto. E, no centro, um aluguel pode chegar a £1000 por semana (Não cometi um erro não, é por semana mesmo).
Ganhar em libra ajuda muito, principalmente nas viagens pela Europa. Já que a moeda é bem valorizada mundo a fora. Mas, quando você chega na cidade e passa um mês pagando contas em real, dói muito o bolso.
Bedtime
Outra coisa que incomoda muito um paulista é como a cidade fecha cedo. Ainda não consegui ajustar meu cronograma de vida para a cidade ainda.
Eu sempre entrei no trabalho tarde e trabalhava até tarde porque, em São Paulo, eu poderia, após as 9, dar uma passada no shopping para comprar algumas coisas, passar em um restaurante e supermercado antes de ir para casa.
Sabe aquela coisa de paulista de fazer esquenta até às 12 e depois ir para a balada? Por aqui, 8 da noite e as coisas já estão fechando. O horário oficial de fechamento dos pubs é 11 horas!!!
Eu fui em um show do Nightwish aqui e não consegui achar nada aberto para poder jantar depois… Traumático.
Gostaria de mencionar que eu sei que tem muitos clubs que ficam abertos até as 4 da matina
Almoço
Algo que achei que fazia parte da cultura da empresa que trabalho, mas depois descobri que não é como funciona o horário de almoço.
Normalmente, as pessoas compram o que vão comer (sanduíches ou pratos completos) e comem em frente ao computador, em suas mesas de trabalho.
Para quem passava 2 horas de almoço em uma mesa, com os amigos, tomando uma breja de boa, é algo, no mínimo, estranho.
Winter blue
Gostaria de resaltar que o clima é realmente ruim em Londres. Tão ruim que as pessoas que vem de paises tropicais são recomendados a tomar injeções de vitamina D de tempos em tempos.
Algo que atinge muitas pessoas (eu incluso) é o chamado winter blue.
A falta de sol afeta o psicológico das pessoas, que começam a ter muito mais sonolência e sintomas semelhantes à depresão. Podendo, inclusive, levar à depressão.
É algo pelo qual passei e, honestamente, é algo bem ruim! Inclusive, esse post deveria ter saído no dia 2 de fevereiro. Mas, eu estive tão mal no mês passado que não consegui escrever nem 1 linha se quer.
Conclusão
Acho que isso cobre alguns pontos que gostaria de cobrir sobre meu período em Londres so far. Qualquer coisa, só mandar um tweet para @igorcferreira@mastodon.social que eu posso responder dúvidas.
02 Jan 2016
Por anos, minhas metas de ano novo se resumem a:
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Metas para o ano n:
Preparar metas para o ano n+1
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Nunca fiz planejamento/pensamento maiores que um mês. Sendo honesto, nunca planejei nada em minha vida.
Acredito que os principais fatores para isso (dentre muitos) são: minha falta de ambição, desapego de muitas coisas e a segurança que tenho em família e amigos.
Sempre tive a liberdade de arriscar e fazer o que achava que queria fazer (algo que não aproveitei como deveria), sabendo que caso algo desse errado, teria ombros amigos para recorrer. Isso me permitiu tentar diversas coisas, como música, teatro, eletrônica, game development, etc. Além de diversas viagens e troca de empregos. ^^
Isso, entretanto, não excluíu minha “timidez” e o perfil categorizado por muitos como introvertido, me acompanha.
##O que mudou em 2015
Como diria a propaganda, o que mudou foi tudo. 2015 foi um ano onde minha vida deu um giro grande.
O principal deles aconteceu como tudo mais na minha vida, com o suporte de família e amigos: Me mudei para Londres, onde consegui um trabalho na Future Workshops. Admito que a decisão de tomar esse passo não foi fácil (de fato, tenho postergado esse passo por muito tempo).
O que me fez olhar, considerar e aceitar essa mudança foi o ano de 2015. Neste ano, mais viagens, onde conversei com 3 empresas de fora do Brasil sobre a possibilidade de deixar o país. Isso, somado à situação econômica do país tupiniquim, me fez decidir.
Recebi críticas por essa decisão por algumas poucas pessoas e a maioria ficou feliz que tomei este passo, sempre lembrando que a saudade seria algo forte, e, realmente, é algo que pesa. DIARIAMENTE (mas isso será tema para um novo dia)!
##E o Natal?
Foi um ano muito cheio, corrido. Então, como sempre, não pensei, apenas passei por ele fazendo o que me deixa confortável e feliz. Foi o período de Natal que me pegou de surpresa, principalmente por três fatores:
- Cheguei no fim do ano com algum dinheiro para gastar.
- Teria que tirar 7 dias de folga até o fim do ano.
- Decidi visitar o condado onde meu avô nasceu.
Dicidi fazer uma pequena viagem por múltiplas cidades da Espanha (Manilva, Málaga, Madrid e, posteriormente adicionada, Barcelona). Como sempre, de hostel e andando bastante pela cidade.
Lá, por várias vezes, fui confundido com um nativo e pessoas vinham fazer perguntas sobre a cidade e dia-a-dia em Espanhol, algo que foi MUITO difícil, mais do que deveria.
E, no final da viagem, não tinha mamãe para ver e contar como foi (por telefone não é a mesma coisa).
Tentei contar aqui o que me fez repensar como estou encarando minha vida. E, não sei se fui bem sucedido, mas, não vem ao caso.
Por fim, pensei, repensei e cumpri as resoluções de 2015:
- Aprender o básico de Espanhol e praticar o entendimento/fala da linguagem, para poder fazer comunicações básicas.
- Aprender/praticar andar de bicicleta para poder utilizá-la, ao menos, como forma de entretenimento.
- Correr, ao menos, uma prova de 5K, uma 10K e uma +10K
- Realizar um check-out da saúde e readequar a alimentação para sair dos 80.
- Procurar um novo apartamento.
- Realinhar um plano de investimento e poupança que consuma entre 5% e 15% do salário líquido.
- Estudar a fundo uma tecnologia, preparar e postar conteúdos relacionados à essa tecnologia.